quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Sacrifícios de uma vida como plumas ao vento





A filosofia mais encontrada na atualidade é a do provérbio português “risinho pronto, miolo chocho”. Seria como viver caminhando e cantando sem nem mesmo entender o porquê da caminhada, nem mesmo saber onde a caminhada deve chegar, nem mesmo entender porque ela começou.  Enquanto muitos tentam a mudança de uma sociedade por meio da renovação da mente, da forma de pensar sobre o ser, o meio, os meios, a igualdade indiscriminada, a dignidade de existência e tantos valores hoje precários, outros são determinados na lutar para instalar valores que nunca conseguiram sequer colocar em prática. Atropelam seus princípios mais básicos na justificativa de desconstruir para construir. Cada vez mais a luta pela paz tem sido na base da guerra, a busca do amor ao próximo passa pelo atropelar muitos outros próximos. Perdemos muitas vezes o entendimento que a conquista do sonho precisa ser sim valorizada pelas armas que foram utilizadas nessa batalha ferrenha da restauração de uma sociedade justa.

A vida é curta, como diz a Bíblia, no máximo 120 anos, passando de 80 apenas canseiras e enfado. Precisamos o quando antes nesse ínterim entender o que vale a pena e pelo que devemos nos empenhar nessa caminhada breve. Muitos gastam suas vidas em uma luta constante e chega ao final de sua vida com o sentimento expresso pelo Apóstolo Paulo quando disse “combati o bom combate, completei a carreira e guardei minha fé”. Felizes olham ao findar da lida e percebem que o legado deixado foi de suma importância para a família, amigos, a sociedade e etc. Entendem que lutaram e honraram os seus ideais, a ideologia de vida, de fato seguiram uma normativa de vida que valeu a pena. Agora, muitos, muitos mesmo, chegam ao final da carreira dessa vida, olham para tudo que viveram e não sabem porque viveram, para que viveram, lutaram por ideais que não acreditam ter sido relevante nem pra si e nem pra os que o rodearam.  Não conseguem nem mesmo responder em que acreditavam, não consegue descrever qual era o sonho de sua vida. Passaram por toda uma breve vida sem ter objetivos, levados como plumas ao vento de um lado para outro. Alguns podem dizer que foram fruto do meio e sua dificuldade. Outros que não tiveram a ação de uma “sorte” financeira, cultural e etc. Deixando de observar que muitos na mesma situação de dificuldade decidiram lutar para ser relevante nesse mundo e buscou o tempo inteiro uma mudança interior e social.

Uma vida sacrificial é diferente de uma vida de sacrifícios. A escolha de se sacrificar para ser relevante na sociedade, na família e na vida de pessoas em outros âmbitos de convívio é uma escolha de privilegiados. É um ato de amor, de entendimento do segundo mandamento resumido por Cristo: Amar ao próximo como a si mesmo. Parte de um pressuposto bíblico onde todo ser humano, independente da situação de vida, é imagem e semelhança do próprio Deus. É o perceber que o centro da vida não é o meu próprio umbigo.

A escolha de aceitar a zona de conforto como ideal de vida é o ato de passar pelas dificuldades dessa vida sem ter um ideal maior. Essa é a escolha de sofrer por nada. No mundo teremos aflições, como disse Jesus. Posso passar por essas aflições lutando para ser relevante ou viver jogado por ventos de doutrinas humanistas, sem sentido, sem me envolver na luta de um mundo melhor para mim e para todos os habitantes dele.  Acovardar-se é sem dúvida o ato de viver pra mim mesmo e sonhar meu sonho imenso que cabe na caixa de fósforo que jamais abrirei. Eu não sou o centro dessa vida.

Portanto, precisamos lembrar das palavras de Cristo: Amar a Deus acima de todas as coisas, amar ao próximo como a si mesmo. Amar a Deus fazendo valer o que desde o princípio Ele cobra de nós, cuidar do mundo, gerenciar o que Ele criou, zelar pelo meio ambiente, zelar pala flora, pela fauna. Lutar para que todos os homens tenham o melhor dessa vida. Cuidar do necessitado (não apenas o da minha família), construir uma sociedade melhor, mais justa, com profissionais tementes a Deus e que se preocupam com o próximo. Devo portanto ser o melhor em tudo que faço, ser honesto, ser dedicado, ser consciente, ser humano. A vida é curta demais, não vale a pena viver e não ser usado pelos princípios da Palavra de Deus na transformação desse mundo.

Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem a judeus, nem a gregos, nem a igreja de Deus; assim como também eu em tudo procuro agradar a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que sejam salvos”.1 Coríntios 10.31-33

Em Cristo,

Pr.Abnaildo Durães

2 comentários:

  1. Por isso que a nossa prioridade deve ser a seguinte:

    1-Buscar a Deus e a sua justiça;
    2-
    3-As demais coisas serão acrescentadas
    4-
    5-

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