segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ESCOLHENDO O LADO PERIGOSO DA VIDA




Já dançou com o demônio sob o pálido luar?


Essa frase é dita pelo Coringa (o incorporado pelo grande Jack Nicholson) no primeiro Batman de Tim Burton (1989). "Dançar com o demônio" é uma metáfora para trabalhar alguma coisa que é uma antítese do que se acredita. Soa como o ato de passar pelo perigo e sair ileso, ter satisfação em colocar a vida em risco, fazer algo impossível, temeroso, contra os princípios normais. Tem muitos significados dependendo da leitura de cada um. No filme, a frase é utilizada como uma confissão do coringa sobre a morte dos pais de Bruce Wayne. 


Seria o desafiador momento de viver o inusitado, temido por muitos, a adrenalina de fazer o que poucos têm coragem, o ato de viver na contramão da sociedade, a falsa sensação de liberdade e a entrega total ao “eu posso”? Ou, seria a acusação de um ato perigoso, onde não se tem a noção de que o momento é de possível perca, da amizade com o maléfico, a exposição ao perigo sem ter suas ações passadas pelo crivo da razão?


Temos perdidos muitos jovens, adolescentes e não poucos adultos para o mundo dos vícios. Esses, diversificados, desde o mais leve e simples como o mais profundo e perigoso. Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena (Provérbios 24.10). Cada vez mais, a busca de uma sensação anestesiante, o alívio por um momento da dura realidade, tem sido a porta escolhida. A busca desenfreada da adrenalina para a vida. O desafogo do sofrimento ou relax da tensão e até mesmo o curtir o momento de glória. São muitos os motivos constatados pelos especialistas.


Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia (I Coríntios 10.12). A linha é tênue de fato. Maioria das pessoas que entram no mundo dos vícios diz que tem o controle e que deixam a hora que desejarem. Uma falsa certeza, uma autodefesa imensa quanto a constatação que estão atolados e dependentes da escolha viciante que colocaram em suas vidas. 

Dizer não a um convite ao prazer  não é fácil. O vício traz o prazer momentâneo. Mas todo vício cega o entendimento, faz escolhê-lo mesmo quando leva a tirar a qualidade de tempo para a família, mesmo quando faz deixar de lado o relacionar-se e caminhar ao isolamento. A cegueira tem levado pais de família ao alcoolismo, tem levado casais à traição, filhos à decadência emocional e profissional, muitos à prisão, outros a culpa por tirar a vida dos que amam. Uma dança aparentemente prazerosa mas com seu final de destruição e desgraça.


A dica que fica é simples, porém de suma importância: Não aceite o convite de uma dança com o demônio. O preço dessa dança pode ser muito alto, talvez não tenha volta. A satisfação do momento dançante, em êxtase, com o pálido luar de testemunha, dando a sensação de coragem, controle e realização pessoal momentânea pode gerar um mal irreparável aos que estão ao redor e principalmente à própria vida. Nossa esperança aos que estão na dúvida sobre aceitar o convite está no texto bíblico citado acima: “...cuide-se para que não caia”. Nossa esperança aos que aceitaram esse convite e hoje não conseguem parar essa dança destruidora é: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). Essa dança é uma mentira. Ela não trará solução aos teus problemas e dificuldades nessa vida. Viva a verdade! Seja consciente da fragilidade emocional e busque a liberdade de uma vida nos braços da paz, com o luar estrelado, ou com o sol em seu brilho intenso, ou com a garoa em seu rosto. Uma dança eterna com o criador de todas as coisas. 

Afinal, você está disposto a escolher não apenas uma dança, mas a ter um relacionamento intenso com Aquele que mais te ama? Vinde a mim todos os que estais cansados de carregar suas pesadas cargas, e Eu vos darei descanso (Mateus 11.28). Esse convite é feito a todos para realizar-se no cenário mais importante, a realidade. Com a paisagem mais desafiadora e passível de ser repaginada, modificada a cada dia, a sua vida.

Que Deus nos ajude!

Pr. Abnaildo Durães

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