terça-feira, 16 de agosto de 2011

PARA QUE O CORDEIRO IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA POR NOSSAS VIDAS



                Há poucas horas findou um programa muito interessante sobre o tema “escravidão contemporânea”. Durante o mesmo, foi esclarecida que o regime de trabalho escravo é uma triste e dura realidade nos dias de hoje. O mais interessante foi saber que muitos vivem nesse regime sem saber que estão no mesmo.

                Durante o programa, fiquei me questionando sobre a realidade assistida e pensei em como seria difícil viver daquela forma. A pergunta que fiz é se alguém teria condições de viver feliz dentro daquela realidade.  Lembrei-me então, de uma história real, onde 2 jovens fizeram a opção de viver como escravos por amor a pregação da Palavra de Deus. Conta a história que esses jovens, que tinham cerca de 20 anos de idade, ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia onde 3000 africanos trabalhavam como escravos e cujo dono era um Britânico agricultor e ateu. 

                Os jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram: Podemos ir para essa ilha como missionários? A resposta do dono foi imediata: ” Nenhum pregador e nenhum clérico chegariam a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?”, O homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens  usaram o valor de sua própria venda para custear sua viagem. No dia da partida para ilha, as famílias estavam reunidas no porto para se despedirem dos jovens. Houve orações choros e abraços, amigos e familiares puderam dar o último adeus para seus irmãos. E algumas pessoas falaram: porque vocês estão fazendo isso? Vocês nunca mais irão ver seus familiares e amigos, e vão ser escravos para o resto de suas vidas! Mas quando o barco estava se afastando do porto os dois jovens levantaram suas mãos e declararam em voz alta:  "Para que o Cordeiro que foi imolado receba a recompensa por seu sacrifício através das nossas vidas".
               
                Sendo assim, cabe a nós, viver como escravos do Evangelho de Cristo?  O Dr. Russel Shedd disse em um artigo: ”... Na escravatura humana, a obediência é exigida e forçada. No velho império romano, um escravo que se arriscava a desafiar a autoridade do seu senhor poderia esperar conseqüências das mais severas. Um dono irritado poderia até matar seu próprio servo sem prestar contas a ninguém. Jesus Cristo não trata seus “escravos” assim: Muitas vezes nos permite desobedecer sem que recebamos qualquer castigo divino. Em raras ocasiões, Ele nos corrige como um bom pai que quer o melhor para o seu filho amado. Por isso, Henry Martin, missionário consagrado na Índia no início do século 19, escreveu: “Se nosso coração covarde te negar em íntimo pensamento, ou obra, ou palavra, não deixe nossa dureza ainda te desafiar, mas, com um olhar, subjuga-nos, Senhor” (Refrigério para a Alma, Shedd Publicações, p. 191).

                Servir a Deus, portanto, requer amor e entendimento que sofrimentos virão, pois, “no mundo tereis aflições” foi o que disse Jesus (João 16.33). Mas, lembremos também que o mesmo Jesus nos enche o coração de esperanças quando diz: “não temais, eu venci o mundo” na segunda parte do versículo e “estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos”, conforme Mateus 28.20. Desafie-se a dizer: "Eis-me aqui, envia-me a mim"; Lute por uma vida sem escravidão ao pecado; Defina-se no Reino de Deus como alguém rendido a vontade DEle e portanto seu amigo. 

                Como aqueles jovens (os famosos irmãos morávios, que viveram no século 18), lute por uma causa onde vidas serão libertas e vivas para que Cristo seja conhecido por todos que o rodeiam. 


Em Cristo,

Pr.Abnaildo Durães



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