"Cumpriu sua sentença.
Encontrou-se com o único mal irremediável,
aquilo que é a marca do nosso
estranho destino sobre a terra,
aquele fato sem explicação que iguala tudo o
que é vivo num só rebanho de condenados,
porque tudo o que é vivo, morre."
(Ariano Suassuna)
Como um bom nordestino, tive
minha infância recheada de literatura em cordel ou de cordel, e sempre percebia
que a morte era uma temática constante, “a luta de João Grilo com a morte” e
etc. Nessa temática encontramos a obra de Suassuna com sua visão católica da
morte, onde a interferência dos santos junto a Deus modifica o destino merecido
por conta dos atos nossos de cada dia.
A frase destacada
de Suassuna coloca os serem vivos como “tudo... num só rebanho de condenados”,
que cumprirão a sentença da morte. Porque “tudo que é vivo morre”. Suassuna tem
razão. Tudo que é vivo morre! E todos nós estamos condenados a morte. Essa é a “primeira
sentença” da vida. A não ser os que estarão em vida quando Jesus retornar sobre
as nuvens (Apocalipse 1.7). A Bíblia também cita dois casos onde as pessoas não
passaram pela sentença da primeira morte: Enoque (Gênesis 5.24) e Elias (II
Reis 2.11).
Diante
desse contexto de pensamentos, fica uma pergunta salutar: O que define o
destino da vida humana após a passagem pela “primeira sentença”?
A nossa forma de viver evidencia
o destino da vida após a morte (Apocalipse 2.10). Aqueles que vivem uma vida
com um foco em agradar a Deus, conhecer a Ele e fazê-lo conhecido (Oséias 6.3 e
6.3), demonstram os frutos de uma vida resgatada por Deus para uma sentença
abençoada após a morte. O livro de Apocalipse está cheio de frases onde o
sentido é “sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da VIDA”.
Quando a Bíblia fala que “o
salário do pecado é a morte e o dom gratuito de Deus é a Vida Eterna” (Romanos
6.23), ela está falando sobre a “segunda sentença”. Aqueles que vivem para
cumprir a Palavra de Deus, estes sim, serão colocados em uma Vida Eterna ao
lado de Deus. Porém aqueles que vivem uma vida em busca dos seus deleites e
prazeres, satisfazendo acima de tudo sua própria vontade serão sentenciados à
morte eterna (Mateus 7.21-23).
O que nos
resta, portanto, diante dessa realidade é nos importarmos muito mais com a
eternidade e não apenas viver no medo de passar pela morte do corpo. Precisamos
ter consciência de que mais cedo ou mais tarde vamos cumprir a sentença de
morte, a não ser que Jesus volte antes. Iremos, sim, nos “encontrar com o único
mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra,
aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de
condenados, porque tudo o que é vivo, morre."
Portanto, temos que viver na
esperança de uma vida após a morte, essa esperança muda nossa atitude diante de
tudo, nos torna pessoas que amam mais a Deus, amam mais seu próximo, e não vive
apenas nos prazeres da carne no mundo. Precisamos mudar sempre nosso estilo de
vida na esperança de ser feliz por uma eternidade. Redefinir nossos valores aos
pés da Cruz de Cristo, à luz da Palavra de Deus.
Não tenha medo de passar pela
rota que te levará a felicidade completa, porque “o morrer pra mim é lucro e o
viver é Cristo” (Filipenses 1.21).
Em Cristo,
Pr. Abnaildo Durães
Grande amigo e irmao!!!
ResponderExcluirQuanto tempo cara!!!
Saudade...
Que Deus o abençõe muito!!!!!!!!