sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A TRISTE TENTATIVA DE ALCANÇAR O VENTO


Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol,
 e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento.
(Eclesiastes 1.14)

                Quem ainda não assistiu o clássico Forrest Gump certamente não entenderá o que vou citar, mas me arriscarei assim mesmo. Durante a vida de Forest, ele teve um incentivo muito grande para apenas correr. É difícil esquecer a frase repetida várias vezes durante o filme "Corre Forrest". E Forrest correu por 3 anos, 2 meses, 14 dias e 16 horas. E então, parou de correr. Lembro-me que durante esse período ele agregou, ou foram se agregando, seguidores a sua corrida sem rumo e sem explicação, e quando ele parou de correr as pessoas ficaram sem entender o por que. Nesse momento ficou a pergunta no ar “qual o objetivo de correr esse tempo todo? Correu, correu, atrás de que? Qual o sentido da corrida?”.

                Eclesiastes 1.1-11 nos dá a idéia correta sobre a vida, onde viver sem propósito é apenas viver e nem sempre o muito fazer traz o sentido correto de ser alguém ativo nessa vida. O ativismo, ou ato de fazer e fazer sem entender e melhorar o que se está fazendo, nos tira a direção do propósito do Senhor para nossas vidas: "Amarás o Senhor Teu Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo" (Marcos 12.30).

                Dedicamos-nos em correr para ter confortos e futilidades, que muitas vezes são necessárias e quase sempre não tão como afirmamos. Atropelamos o viver para Deus no ato de viver em busca de progresso financeiro (que não é um erro, não tirando a prioridade de Deus) e acabamos correndo uma vida inteira em sem o propósito correto, correndo atrás do vento e perdendo muito ao invés de ganhar (Mateus 10.39).

                Perdemos o tempo da nossa família, o tempo que era para passar com nosso cônjuge, perdemos o tempo que era pra ser gasto criando nossos filhos no temor do Senhor, que é o princípio da sabedoria (Provérbios 9.10), e o que ganhamos? Um incentivo do mundo, ou do mundanismo, que parece buzinar em nossos ouvidos igual ao filme que citamos acima, algo que diz "Corre, corre, corre". É preciso entender bem e aprender a centralizar a vida no que você precisa, corra em busca de tudo que o mundo oferece de conforto sem perder a prioridade de viver em e para Deus. Muitas vezes, esquecemos de que, quer queiramos ou não, nesse mundo teremos aflições (João 16.4), e sobre tudo que devemos guardar, precisamos guardar nosso coração, ele é enganoso e dele procedem às saídas da vida (Provérbios 4.23). Lute em viver uma vida centrada em Deus, e isso não quer dizer montar uma rede e esperar a morte chegar. Quer dizer, que precisamos focar nossas forças e ações em buscar o pão de cada dia e pregar a Palavra do Senhor até que Ele venha. Precisamos gastar mais tempo vivendo os princípios da Palavra em nossa vida, família, filhos, amigos.


                Sendo assim, nos resta apenas o desafio de não confundir o ato de ser ativo diante de Deus, com viver o ativismo, fuja de ter uma vida correndo atrás do vento. Relacione seus desejos nessa vida e compare com os princípios de vida da Palavra, se eles forem contrários ao que diz a Bíblia, largue os mesmos; não se deixe levar pelo apelo do mundo em fugir das dificuldades suando mais pelo pão que pelo Evangelho; não atenda a voz da modernidade que diz "corre, corre", passe a pensar mais e colocar as coisas diante de Deus, depois corra com direção certa diante de Deus; entenda que não "adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma" correndo atrás do vento; dê mais atenção para quem está ao seu redor, você não é o centro das coisas, Deus é o centro e amar ao próximo é mandamento dEle para nós. Abrace mais, ame mais, ouça mais, ajude mais; não tenha medo de recomeçar.

Que Deus nos ajude,

Em Cristo,

Pr. Abnaildo Durães

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